O elefantinho sentia-se triste
e solitário, porque não conseguia fazer amizade com os cinco patinhos que
moravam na lagoa do jacaré de boca enorme. Felizmente já não havia nenhum
jacaré naquela lagoa. Os patinhos conseguiram enganar o jacaré de boca enorme escondendo-se
no fundo da lagoa, e ele partiu à procura deles.
Embora os patinhos
dissessem que o elefantinho era muito grande e desajeitado, ele gostava
deles e estava quase sempre por perto. Certo dia, o elefantinho encorajou-se a
perguntar: “Patinhos, posso nadar na sua lagoa?!... Eu gostaria de brincar com
vocês!...”. Um dos patinhos, após se divertir com os outros e dar muitas
risadas, respondeu: “Nunca, nunquinha, elefantinho!... Era só o que nos faltava:
Depois de termos expulsado um jacaré, aceitarmos um elefante no grupo!... Vá
brincar com alguém do seu tamanho e nos deixe em paz!...”.
Compreendendo a
inutilidade de insistir em ser aceito, o elefantinho afastou-se cabisbaixo, mas
logo retornou porque ouviu os patinhos gritarem: “Ajude-nos, elefantinho!...
Ajude-nos!... Não desejamos servir de refeição para a raposa!...”.
O elefantinho mergulhou a
tromba na lagoa e, depois, esguichou toda a água, que ele conseguiu sorver, na
raposa. A raposa correu para a margem oposta antes de gritar: “Ah, elefantinho trapalhão!... Desta vez, você levou a melhor!...
Mas eu voltarei para comer os patinhos!...”.
Temerosos de que a raposa
cumprisse a ameaça, os patinhos aceitaram a companhia do elefantinho, e ele
pôde, finalmente, realizar o seu sonho de brincar com os patinhos na lagoa do
jacaré de boca enorme.