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FLORINA E O DESAPARECIMENTO DAS FLORES



Era uma vez uma fada que se zangava com os animaizinhos quando eles estragavam as flores. Ela se chamava Florina e adora ver as flores desabrocharem ao seu redor.

Certo dia, ela se afastou do campo florido onde morava para colher algumas flores bem pequenas que chamaram sua atenção. Florina tencionava dedicar-se ao cultivo daquelas flores para que elas se tornassem mais perfumadas e vistosas. Ela se sentia muito feliz enquanto voava de volta para casa. Mas, quando ela avistou o campo, a decepção abraçou-a tão fortemente que ela pensou que fosse sufocar...




Florina não conseguia acreditar no que os seus olhos viam: apenas três flores!... Havia apenas três flores no campo!... Ela balançava tristemente a cabeça para os lados, perguntando-se que animaizinhos poderiam ter feito as flores desaparecerem!... Ela pensou, pensou e teria continuado ali, parada em cima daquela flor, se uma voz interior não tivesse dito: “Voe e descubra!...”.

Seguindo a voz da intuição, Florina parava para conversar, com todos que encontrava, em busca de respostas. Ela já estava quase desistindo de descobrir o responsável pelo desaparecimento das flores quando Felícia, a fada que gostava de dançar, sugeriu: “Pergunte à fada Azulínea. Ela passou por mim e nem me cumprimentou. O que já era de se esperar... Mas o que me chamou a atenção foi a expressão em seu rosto... Ela parecia determinada a realizar algo, e eu não tive a coragem de perguntar o que era.”.




Terrivelmente preocupada, Florina, enquanto voava, perguntava a si mesma: “Por que não me lembrei dos feitiços de Azulínea?!... Ela deve ter se apaixonado novamente e necessitará de uma quantidade enorme de pétalas para fabricar um vidro daquele seu perfume que escravizaria até mesmo um rei a seus caprichos.  Pelo menos é isso o que ela costuma dizer, mas a quantidade de pétalas nunca foi suficiente para produzir o perfume. Preciso detê-la... Felícia disse que ela parecia determinada. Como poderei deter Azulínea?!...”.

Florina esqueceu-se de tudo, inclusive da pergunta que havia feito, no momento em que se deparou com uma visão inesperada: Azulínea voava sobre um amontoado de folhas e, dizendo palavras mágicas, ela entregava à terra as pétalas que havia retirado das flores. O campo certamente voltaria a florir, mas a aridez no coração de Azulínea tornar-se-ia ainda mais amarga. 






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