Certo dia, o Gnomo Sábio
lhe disse: “Você ainda não a encontrou, porque não soube onde procurá-la. Você
só a procura entre as flores exuberantes, mas ela pode estar repousando sobre
as flores do campo... Ou talvez ela ame as rosas que nascem em qualquer jardim...
A futura Princesa das Flores não é uma fada comum, porque não escolhe o objeto
do seu amor. O seu coração é imenso e, nele, há lugar para todas as flores,
desde as mais belas e perfumadas até as menos vistosas.”
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Num reino onde o amor é
eterno, a escolha tem que ser cuidadosamente feita. O Príncipe das Flores
procurava a sua amada no olhar de muitas fadas, mas não conseguia encontrá-la.
UM PRÍNCIPE EM BUSCA DE SUA AMADA
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Marcelo era um garoto gentil e prestativo. Por mais que estivesse ocupado, ele sempre encontrava tempo para auxiliar alguém.
MARCELO, A VELHINHA E O GATO DE PANO
Marcelo era um garoto gentil e prestativo. Por mais que estivesse ocupado, ele sempre encontrava tempo para auxiliar alguém.
Certo dia ele estava andando depressa, porque já estava
atrasado para a escola, quando uma velhinha bloqueou o seu caminho e perguntou se
ele poderia retirar o gato do galho da árvore.
Sem hesitar, Marcelo seguiu a velhinha e sentiu-se confuso ao
verificar que o gato era feito de pano. Para evitar causar constrangimentos, ele
subiu na árvore e perdeu vários minutos tentando alcançar o gato, que estava
enrolado no galho. Mas, quando Marcelo finalmente conseguiu segurá-lo e desceu
da árvore para entregá-lo à velhinha, ela havia desaparecido.
Marcelo pensou em abandonar aquele brinquedo roto e
desengonçado ali mesmo. O gato de pano, porém, pulou de sua mão e começou a se
arrastar no chão por alguns segundos, como se estivesse vivo. Quando o gato
parou, e Marcelo abaixou-se para apanhá-lo, ele reparou que havia um zíper em
sua barriga. Curioso, ele abriu o zíper e ficou encantado ao ver e ouvir um
mimoso pintinho, puxando conversa como se o conhecesse há muito tempo.
Marcelo exclamou: “Eu devo estar sonhando!...”. E o pintinho
respondeu: “Não sou um sonho e sim uma recompensa por sua generosidade.”.
Texto: Sisi Marques
Arte: Felipe Tognoli
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O MAGO ANTERO E O MORCEGO
Antero havia caminhado
durante horas e sentou-se recostado a uma lápide para descansar. Ele se
perguntava onde estaria o animal que lhe traria sorte na realização de seus
feitiços. Embora ele estivesse exausto, ele se sentia feliz porque sabia que
ninguém retornava do cemitério dos magos sem um assistente.
Quando Antero iniciou a
busca, havia um falcão desenhado em sua imaginação. Mas o único ser que ele
encontrou naquele lugar sombrio foi um morcego. Antero sentia pavor de morcegos
e desejava que aquele morcego se afastasse. E ele só parou para descansar porque pensou
que o morcego havia seguido outro caminho.
O morcego, no entanto,
logo reapareceu, e Antero levantou-se com a intenção de espantá-lo. Foi nesse
momento que pensamentos inquietantes bombardearam o seu cérebro... Talvez fosse
aquele morcego o animal que o seu professor de magia dissera que ele precisava
encontrar, antes de se dedicar à realização dos feitiços. Não!... Não poderia
ser!... Como aquele ser que lhe provocava arrepios, poderia inspirá-lo?!... Mas
lá estava ele, como uma sombra, a segui-lo.
Antero continuava
caminhando, desejoso de encontrar o falcão que a sua imaginação desenhara. E
ele teria continuado caminhando se, de repente, algo surpreendente não tivesse
acontecido: Bem diante dos olhos arregalados de Antero, o corpo do morcego
desprendeu-se das asas e foi murchando até assumir a forma de uma varinha.
Simultaneamente, as asas se alongaram e se transformaram em uma capa, que voou
e pousou nos ombros de Antero. A varinha também voou e foi parar em suas mãos.
O sonho de Antero se
realizava: Vestido com a capa e de posse da varinha, ele absorveu o poder e a
experiência dos grandes magos. No momento seguinte, a varinha voltava a se
transformar no corpo do morcego, e a capa readquiria a capacidade de
proporcionar a ele a habilidade do voo.
A partir do estranho
acontecimento, Antero e o morcego tornaram-se amigos inseparáveis. Embora,
antes de abandonar o cemitério, Antero tivesse visto dois pássaros se
aproximando, ele os ignorou e retornou ao castelo de seu professor de magia,
para apresentar-lhe o seu novo amigo e assistente.
Texto: Sisi Marques
Arte: Natacio Serafim
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