Aquele garotinho, que parecia tão
valente, que dizia não ter medo de nada, que segurava a mão de sua irmãzinha para
transmitir a ela coragem, tinha medo do escuro. Para ele, o monstro que se alimentava
de sombras possuía braços fortes e mãos gigantescas, que poderiam arrancá-lo facilmente
desta dimensão. Quando a luz se apagava, o garotinho puxava a coberta para esconder
o rosto. De olhos fechados, ele rezava e pedia proteção. Logo o sono vinha, e ele
só se lembrava de que tinha medo do escuro na noite seguinte, quando o seu pai lhe
perguntava: “Você quer que eu deixe a luz acesa, ou posso apagá-la?” E o garotinho,
com um sorriso cativante, respondia: “Pode apagá-la, porque eu não tenho medo de
nada.”
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O garotinho que dizia não ter medo de nada
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