Que percorria a floresta como uma flecha ligeira,
Enquanto extraía notas melodiosas de sua flauta.
A sua pele era da cor do véu
Que cobre o céu
Em uma noite sem estrelas.
O seu sorriso e a sua música
Atraíam um beija-flor,
Que também decidira
Fazer daquela floresta
O seu único lar.
Certo dia, Ismael estava tocando,
Quando o pequeno pássaro
Encorajou-se a pousar em seu braço.
Ismael parou de tocar no instante
Em que o ouviu dizer:
“Eu sou a guardiã desta floresta,
E me transformei em uma ave
Para poder sobrevoá-la.
Se você aceitar o meu amor,
Você se tornará o guardião
Desta floresta e, também,
Do meu coração.”
O elfo negro, ao beber da doçura daquela voz
Que era ainda mais calorosa do que o som
Ardente e apaixonado de sua flauta, respondeu:
“Eu sempre desconfiei que essa sua aparência
Escondia a essência do verdadeiro amor.
O meu coração, que já lhe pertence,
Esta floresta, jurou proteger.”
Diz a lenda que a floresta do elfo negro
Ainda existe, e continuará existindo enquanto
O amor for preservado no coração de seus guardiões.
Arte: Lucia Haddad
0 comentários:
Postar um comentário