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ADELFO, PANDA E A FADA FLORBEL





O sono de Panda seria eterno se Adelfo não conseguisse convencer a fada Florbel a despertá-lo.

Adelfo era um elfo muito parecido com os humanos... Ele só se diferenciava por suas orelhas pontudas e por sua pele dourada. Ele era o guardião da floresta e precisava libertar Panda daquele sono profundo.

Um dos gnomos contou-lhe que ouviu a fada Florbel dizer: “Aquele urso trapalhão pisou novamente nas minhas flores!... Se falar não resolve, melhor será colocá-lo para dormir!...”.

Quando Adelfo conseguiu localizar Florbel, ele ordenou: “Liberte Panda do feitiço. Ele é nosso amigo!... O que pensa que está fazendo?!..”. Ela respondeu: “O que eu já deveria ter feito há muito tempo!... Não é porque sou do tamanho de uma borboleta que vou permitir que aquele urso trapalhão destrua o meu jardim!... Desista, porque você não conseguirá me convencer a despertá-lo!...”.

Adelfo pensou, pensou e, de repente, ele se lembrou de um pedido que Florbel havia feito há alguns meses. Adocicando a voz, ele perguntou: “Você não irá acordá-lo nem mesmo se eu construir aquele castelo que você me pediu, com um jardim em volta e uma cerca ao redor dele para que suas flores fiquem protegidas?!...”.

Percebendo que suas palavras despertavam o interesse de Florbel, Adelfo acrescentou: “Se você deseja que eu construa o castelo, acorde Panda!... Com a ajuda dele, o castelo ficará pronto em três dias no máximo!...”.

A fadinha perguntou: “E o castelo ficará tão grande quanto o da rainha?!... Você terá que descer à mina para buscar ouro e pedras preciosas!... Quanto ao urso trapalhão, continuará dormindo até que o meu castelo fique pronto. Eu não me importo de esperar alguns dias a mais. E não me olhe desse jeito!... Eu não sou má, e sei que Panda ficará bem.”.

Duas semanas se passaram até que o castelo ficasse do agrado de Florbel. Felicíssima com a exuberância de sua nova moradia, ela libertou Panda daquele sono profundo.

Quando Panda despertou, ele não se lembrava de ter dormido durante tanto tempo. Mas, apesar disso, a intuição o aconselhava a manter-se longe do castelo de Florbel.


Texto: Sisi Marques

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